quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Carta.

Era uma vez, pai e filha. E era, não só uma, mas várias vezes, a tristeza. Palavras ríspidas. Choro. Por anos.

Daí, um estalo. A decisão. "Não quero mais ser assim, não quero mais chorar, não quero mais ser triste e me entristecer". O desabafo. Uma Carta. Uma nova postura. Muito choro também.

Lá dizia: "É assim que eu me sinto quando você me trata mal. Não quero mais lágrimas, mas sorrisos. Não é tarde para aprender a amar. Será que você esqueceu como se faz? Eu não. E eu te amo e tenho orgulho de você. De você, eu não desisto. Te amo muito Pai."

Mas aí, a surpresa. "Será que ele precisa ler tudo isso?". Tarde demais, já leu. E chorou.
O silêncio. Dos dois.

A culpa.

A carta, era para promover a mudança nele. O que ela não podia imaginar é que o que mudou


foi ela.