sexta-feira, 11 de julho de 2014

Desencontro

Se eu fosse pedir alguma coisa neste exato momento, eu pediria à Deus que te colocasse no meu caminho.

Pediria à Deus. À sorte. Ao destino. e ao que mais pudesse.

Quem sabe a gente poderia se encontrar

ou

se perder.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Carta.

Era uma vez, pai e filha. E era, não só uma, mas várias vezes, a tristeza. Palavras ríspidas. Choro. Por anos.

Daí, um estalo. A decisão. "Não quero mais ser assim, não quero mais chorar, não quero mais ser triste e me entristecer". O desabafo. Uma Carta. Uma nova postura. Muito choro também.

Lá dizia: "É assim que eu me sinto quando você me trata mal. Não quero mais lágrimas, mas sorrisos. Não é tarde para aprender a amar. Será que você esqueceu como se faz? Eu não. E eu te amo e tenho orgulho de você. De você, eu não desisto. Te amo muito Pai."

Mas aí, a surpresa. "Será que ele precisa ler tudo isso?". Tarde demais, já leu. E chorou.
O silêncio. Dos dois.

A culpa.

A carta, era para promover a mudança nele. O que ela não podia imaginar é que o que mudou


foi ela.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Que tipo de Amor eu quero?

Sinto-me cansada.

Quando se tem 15 anos é difícil entender como as moças de vinte e poucos podem fazer sexo de primeira, com qualquer um, bastando a vontade. Até você chegar aos vinte e poucos e entender como "as coisas funcionam". Você entende que não há nada de errado nisso. E vai vivendo, de um jeito mais livre e descomprimissado. E fica pensando que agora você sabe, não julga mais e ri de si mesma, da cabecinha preconceituosa e iludida-romântica que você tinha aos 15 anos.
E o tempo passa, até que você se cansa.

Não sei se tenho algum problema ou simplesmente é a carência que me acomete. Não sei se há motivos para me sentir assim, mas sinceramente não estou interessada nas razões. Isso tá mais para um desabafo.
Sinto falta de quando as pessoas me procuravam. De quando eu era conquistada. De quando faziam esforço para isso. De quando me mostravam como eu era especial. Claro, eu nem sempre retribuía. Mas me lembro que eu também fazia tudo isso por quem eu gostava. nesse tempo a gente gostava de alguém. E não pegava. Não há problema em querer apenas pegar, eu faço isso sempre. Mas acho triste desejar do outro apenas "a pegação". Bom, há momentos e momentos, fases e nenhuma é de mais valor que a outra. Não estou aqui para levantar a bandeira dos românticos. Eu só estou cansada.

Cansada de ouvir: "vamos pro motel pra ficar mais a vontade" e eu acreditar nisso. Talvez as noções de "mais a vontade" é que estejam discrepantes. Para mim, ficar a vontade é eu poder ficar descalça, falar besteira, rir, conversar, conhecer. Se rolar tesão, é consequência, não prioridade. Acho que eu estou bastante equivocada. O "a vontade" na verdade quer dizer que chegando lá ele vai tentar tirar minha roupa e me fazer querer transar.
É depois que formos embora, eu ter que escutar "você poderia te dito não". É, eu poderia. Mas você disse que era apenas pra me deixar a vontade e eu acreditei. Talvez eu ainda diga sim porque tenho esperança de encontrar alguém bacana que seja sincero neste "mais a vontade". Tenho uma amiga que encontrou, quando ela me contou a história, achei hilário.

Estou cansada da falta de consideração e desse medo babaca de achar que porque você está compartilhando momentos legais com alguém, isso vai te amarrar. Cansada de pessoas que "não quero me envolver" como se isso fosse mal, o fim da vida. Eu até entendo, pra falar a verdade. O que vejo a minha volta são, no geral, de um lado pessoas que fogem do envolvimento e do apego que nem diabo foge da cruz. De outro, pessoas completamente desesperadas, aflitas, ansiosas que ao menor sinal de receptividade por parte do outro, querem enjaular a pessoa e grudar nela como se fosse a última oportunidade da vida dela. Pessoas que parecem precisar do outro para serem felizes.

Fico pensando se esse papo todo é uma babaquisse da minha parte, é só mais uma ilusão romantizada da vida e a vida na verdade não é assim ou se eu aindo devo acreditar no amor dessa forma. Talvez amar assim não seja o problema, o problema está em embasar sua vida nessa forma de amor. Eu queria era brincar com isso. Horas romântico, hora desprendido, tudo guiado por uma mente em paz e um jeito sereno de levar a vida.

Ou talvez seja só minha autoestima que está em baixa. Faz até sentido, porque eu me sinto, muitas vezes, um lixo. Não sou bonita o suficiente, interessante o suficiente, a marca que eu não uso me faz pobre. O meu cabelo enrolado e mais curto não é tão sensual quanto aqueles cabelos enormes a là madalena, chapados. Talvez eu só esteja danificada.

Eu me sinto como se estivesse sozinha na multidão. Talvez estamos sozinhos, um ao lado do outro.






*título inspirado no post do bro code.

domingo, 30 de março de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

São Paulo




Você também escreve, e escreve bem. E apesar do nosso “perdido” ter sido assim tão cheio de calor, diversão e superficialidade. Tudo tão prático, direto e reto. Tem algo em você e nas suas palavras e no teu humor que fazem eu me lembrar de mim. Daquela Maria Eduarda que ficou pra trás e existiu um dia em uma rua escura de noite e iluminada de luzes, frágil, solitária, sonhadora e inocente, melancólica. Mesmo sabendo que nosso contato nunca passará disso (nem há necessidade – talvez), meus olhos se marejam por mirar em seus olhos verdes uma coisa assim, tão eu. 

sábado, 18 de janeiro de 2014

Enquanto Sonharmos

Já tive outro blog. Ele teve início como uma das consequências de um coração partido, o meu. Faz tempo e muita coisa mudou e cresceu.

Agora retomo a escrita e dou voz novamente ao meu coração e, como marco, uma música. A melhor e única coisa que restou de você, uma bela canção e uma bela mensagem, que de tão pertinente para o momento e para as descobertas de agora, eu poderia dizer que foi divinamente providencial e irônico. Universo que mandou. O destino fez voltar.

Quem diria rs. O mundo continua girando (ainda bem).





Amor





Hoje percebi que eu só funciono quando existe amor. Que este é o combustível para o meu movimento. Vejam só, tão óbvio e eu não percebi antes. Sou uma anta.